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Você conhece o Teste da linguinha?

Ele é eficaz, rápido, não dói e é oferecido gratuitamente pelo SUS.

Por Patrícia Alcântara (12-05-2018)

Em 20 de junho de 2014, foi sancionada a lei federal nº 13.002, que obriga a realização do Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua em Bebês, popularmente conhecido como “Teste da Linguinha”, em todos os hospitais e maternidades do Brasil. Segundo o autor da norma, o deputado federal Onofre Agostini (PSD-SC), com a aplicação desse protocolo é possível identificar se o Frênulo lingual limita os movimentos da língua.

Este protocolo foi elaborado pela fonoaudióloga Roberta Martinelli que lutou para que o teste obtivesse status de lei. Ele é dividido em história clínica, avaliação anatomo-funcional e avaliação da sucção não nutritiva e nutritiva, além de ter pontuações independentes e poder ser aplicado por partes, até o sexto mês de vida.

O presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo (DCAM-SBP), Yechiel Moises Chencinski, ressalta que o fonoaudiólogo, pediatra, otorrinolaringologista, o cirurgião-dentista e cirurgião infantil poderiam fazer esse teste. “Normalmente, na rotina, ele é executado pelo pediatra e pelo fonoaudiólogo. De qualquer forma, o diagnóstico deve ser feito por uma equipe interdisciplinar, com exceção dos casos clássicos.”

O Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa) publicou parecer sobre a realização da avaliação do frênulo da língua, popularmente conhecida como Teste da Linguinha. De acordo com o parecer, o fonoaudiólogo tem competência para realizar avaliação do frênulo da língua, podendo atualizar-se científica e tecnicamente atendendo aos preceitos éticos da Fonoaudiologia.

O que é Língua Presa? A Língua presa é uma alteração comum, mas muitas vezes ignorada. Ela está presente desde o nascimento, e ocorre quando uma pequena porção de tecido, que deveria ter desaparecido durante o desenvolvimento do bebê na gravidez, permanece na parte de baixo da língua, limitando seus movimentos. O bebê mama pouco, não consegue sugar e pegar de maneira adequada no bico do peito, o que, muitas vezes, machuca a mãe e acaba levando ao desmame precoce.  Mais tarde, a criança pode ter dificuldades de passar o alimento de um lado para o outro da boca, além de demonstrar imprecisão da articulação da fala, troca ou distorções de fonemas, o que pode deixar a criança mais tímida, retraída e a faz evitar algumas palavras ou sons. Também podem ocorrer imprecisão de movimentos isolados da língua, levando seu ápice para baixo, a mastigação e deglutição se tornam ineficientes, a criança mostra dificuldade em acoplar a língua no palato duro, e também, podem ocorrer alterações nos incisivos inferiores (espaço entre os dentes inferiores). Essas queixas estão, normalmente, associadas a um histórico de dificuldades na amamentação.

A avaliação precoce é ideal para que os bebês sejam diagnosticados e tratados com sucesso. O que fazer se a maternidade ou hospital não tiver realizado o teste? Informe ao pediatra ou profissional da saúde logo na primeira consulta. Ele deverá encaminhar o bebê para os locais que estejam preparados para realizar o teste. O reteste é realizado após 30 dias de vida e o acompanhamento da fala será monitorado pelos profissionais envolvidos no desenvolvimento da criança.

Se o resultado da avaliação do protocolo indicar a presença da língua presa ou no caso de seu bebê não ter feito o teste, comunique ao seu pediatra na primeira consulta de puericultura.

 

REFERÊNCIAS: 

www.testedalinguinha.com

www.apcd.org.br/index.php/.../em.../teste-da-linguinha-o-que-dizem-os-especialistas.

http://www.crefono4.org.br/noticias/918/conselho-federal-de-fonoaudiologia-publica-parecer-sobre-teste-da-linguinha.

www.fonoaudiologia.org.br/cffa/wp- content/uploads/2013/.../revistacomunicar61.pdf.

https://www.dentalpress.com.br/portal/teste-linguinha-anquiloglossia-alberto-consolaro.

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